Janeiro Branco
Historicamente, a saúde mental foi tratada como um tabu na maior parte do mundo. Por mais que os últimos dois séculos tenham trazido grandes avanços nos estudos da Psicologia e da Medicina, o tema demorou para ser abordado como uma questão social. No Brasil, por exemplo, a Reforma Psiquiátrica, que é um grande marco em relação a isso, só ocorreu em 2001 — e ainda enfrenta problemas.
Um deles é o fato de que, culturalmente, muita gente não compreende a subjetividade humana como um possível alvo de transtornos e até mesmo doenças. Por falta de conhecimento ou diversos outros motivos, parte das pessoas não tem o hábito de conversar sobre isso, por medo de se expor ou de demonstrar uma suposta fraqueza.
Hoje, entretanto, é consenso que a saúde emocional é tão importante quanto a “física” — na verdade, ambas estão profundamente atreladas. O nosso organismo pode ser observado por uma perspectiva biológica ou psicológica, mas isso não significa que esses aspectos estão separados.